quarta-feira, 22 de abril de 2009

Turistando

Essa semana estou estudando de manhã e tenho usado as tardes para turistar (ô vidão).

Ontem fui ao Centro Cultural La Moneda e hoje ao Museu Histórico de Santiago.

O Centro Cultural fica logo atrás do palácio La Moneda, o qual, deve-se dizer, fica parcialmente aberto ao público em geral e serve de passagem para os reles mortais. Trata-se de um prédio subterrâneo com lojas, exposições, cinema e oficinas.

Conheci o Centro Cultural da outra vez que estive aqui e resolvi repetir a dose. Não me arrependi. No primeiro subsolo tem uma loja de produtos de artesanato (principalmente de coisas mapuche) com roupas, jóias, objetos de madeira e cerâmica não caros e muito bonitos. Ali também funcionam oficinas de artesanato com mestres mapuches.

Também havia uma exposição com os melhores projetos de desenho industrial e gráfico, desenho de interiores e outros realizados pelos alunos de diversas universidades locais. Muito legal e interessante.

Por fim, havia ainda uma exposição de obras sacras coloniais. Não sou grande apreciadora de arte sacra mas...

Imaginem o quadro da Santa Ceia de Leonardo da Vinci (uma mesa, todo mundo olhando para câmera, Jesus no meio). Agora imaginem que, em vez de roupas azuis, marrons e brancas, a galera (no caso, os Santos) tivesse sido vestida pelo Joãzinho Trinta e Cristo fosse cabelator. Imaginaram? Pois é.

Infelizmente não pude tirar foto então vocês vão ter que imaginar mesmo. Quem quiser ver mais do centro, é só entrar aqui

Hoje fui ao Museu Histórico. É interessante também com móveis da colônia e outros objetos históricos.

Gostei principalmente da parte relativa à história do séc. XX... Parafraseando o Caetano: para o chileno branco é branco, preto é preto e a mulata não é a tal. Em suma, e sem fazer juízo de valor, você pode até ter saudades do Pinochet (ou do Allende) mas você não pode fingir que ele não foi o Pinochet (ou o Allende).

No Museu estão expostos os óculos do Allende (ou o que sobrou deles) e que foram resgatados por uma mulher que os guardou durante todo o período da ditadura e depois doou ao Museu.

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