Semana passada estava pensando em fazer um post sobre a vida cotidiana. Tinha o texto pronto na minha cabeça e até fiz uma fotos do bairro para postar. Só que, na sexta, fiquei com preguiça de escrever, no sábado também e aí...
Bem, o fato é que na madrugada de sábado para domingo um evento interessante ocorreu de maneira que o post ‘das cotidianas’ ficará para outro dia.
Sábado à noite, fomos à casa de um amigo do Carlos tomar umas cervejas e bater um papinho. Lá ficamos até a uma e meia mais ou menos, já que o plano era acordar cedo no domingo (o Carlos faria um sushi na casa de outro amigo).
Estou dormindo felizinha da vida quando, por volta das quatro da madrugada, acordo dentro de uma coqueteleira! A porta sacudia e fazia pamapampampam... o quarto inteiro chacoalhava, a cama batia. Levou uns cinco segundos até eu entender o que se passava. Quando diminuiu a velocidade do liquidificador, dei um cutucão no Carlos para saber se ele estava acordado e eu, viva ou morta.
Em resumo, um ‘temblor’ de 5,2 graus na escala Richter (coisa pouca, ao que parece). O epicentro se localizou na província argentina de Mendoza, a 150 de Santiago. Na escala de Mercalli – que mede a intensidade conforme os efeitos produzidos pelo tremor e vai de I a XII (sendo I ‘nem ligo’ e XII ‘completa destruição’) – foi um tremor grau IV.
Em termos de comparação, e considerando a escala Richter, foi igual ao que ocorreu em SP ano passado. Em termo de sensação, esse pareceu mais forte. Em SP, como eu estava num auditório, pensei que tinha alguém sentado perto de mim, sacudindo as pernas. Aqui, as portas bateram e tudo ficou sacudindo. Além do mais, como estava dormindo e acordei com a tremedeira, estava mais pendente a exagerar mesmo.
Apesar de tudo, ninguém deu bola. O Carlos, por exemplo, enquanto o quarto ainda ia de um lado para o outro, resolveu aproveitar para fazer um xixi e voltou para dormir. Já eu fiquei acordada esperando rolar um segundo tremor e o prédio desabar.
Evidentemente, o segundo tremor não aconteceu (ainda) e o prédio não desabou.
A título de esclarecimento, Santiago tem muitos prédios com dez, quinze, até vinte andares. Eu, por exemplo, estou no 13°.
Teoricamente, todos muito bem preparados para resistir a um terremoto.
Ocorre que nenhum desses prédios havia sido construído em 1985 (quando houve o último grande terremoto em Santiago). Naquela época, só havia prédios de três ou quatro andares, de tal sorte que, na prática, nenhum desses edifícios foi posto à prova. É esperar para ver.
É isso, estarei reportando toda (ou quase toda) novidade sísmica que ocorrer pelo caminho.
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